Quando iríamos imaginar que a nossa vida poderia ser privada da fluência dos órgãos dos sentidos.
O abraço é um sentido térmico, que aquece, aflora sentimentos positivos, afetuosos, permite uma relação direta com o outro.
A nossa carência é grandiosa neste momento, provocando a revisão de nossos valores medíocres, pré-conceitos, implicâncias, adversidades, a fim de desejar compartilhar um simples abraço, mesmo com o desconhecido.
A imagem do abraço através de uma roupa de plástico entre uma enfermeira e uma idosa em São Paulo, viralizou pelo mundo. Não é para menos que Mads Nissen, fotografo dinamarquês foi premiado pelo World Press Photo, como a foto do ano de 2021. O calor humano transborda a plasticidade em todos os sentidos.
O abraço é um dos primeiros afetos compartilhados na relação maternal. Ele acolhe, compreende, aquece, apazigua, busca a cura. Nada como um abraço de mãe! Infelizmente neste momento o calor dos braços são substituídos por ponta de cotovelos ou punho fechado, procurando se expressar no “como se”. “Como se” eu desse aquele abraço!
Abraço se tornou o melhor presente de carinho, compaixão e união. Uma energia que possibilita invertermos de papel e nos sentirmos no lugar do outro. Este aquecimento proporcionado percorre todo o corpo, alimentando, irrigando as artérias e reavivando o nosso amor e consciência de que somos seres em relação.
Continuaremos trilhando o caminho da esperança de retornarmos a abraçar o mundo, os amigos e familiares.
O mês de maio é inspirador para um abraço materno bem afetuoso, imprimindo um amor imensurável, virtual ou quiçá presencial. Um envolvimento de braços e de coração , carregado de amor verdadeiro, que faça o seu filho crescer dentro de você, assim como você, mãe, crescer dentro dele, iluminando essa relação verdadeira.
Elisabeth L B Chleba