Neste período de eleições, quando as opiniões são amplamente difundidas por meio das redes sociais, falar sobre tolerância é bastante significativo. Confira algumas dicas de como colocar em prática esta inteligência.
Em 2022, a Justiça Eleitoral (JE) no Brasil celebra 90 anos de existência, embora tenha permanecido extinta por 8 anos, entre 1937 e 1945, durante o Estado Novo. Instituída para organizar os trabalhos eleitorais, como preparação das mesas de votação, apuração dos votos, reconhecimento e proclamação dos eleitos, a Justiça Eleitoral é também o órgão nacional que garante os processos democráticos para a escolha dos nossos governantes.
Somos quase 215 milhões de brasileiros pensando, experimentando e entendendo a vida de formas bastantes distintas e, por essa razão, é imprescindível garantir que todos os cidadãos tenham o mesmo estatuto e o direito à participação política.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura – a Unesco – enfatiza que em um mundo marcado pelo extremismo, fanatismo e ódio a tolerância nunca foi uma virtude mais vital. Essas feridas experimentadas também no pleito eleitoral brasileiro nos fazem pensar na urgência de se falar sobre o tema.
Dia Internacional da Tolerância: respeito pelos direitos e pela vida
O Dia Internacional da Tolerância foi estabelecido pela Assembleia Geral da ONU em 1996 com o objetivo de promover o entendimento mútuo, incentivar o respeito às culturas, crenças e tradições dos outros e a compreender os riscos da intolerância.
A Declaração de Princípios sobre Tolerância, adotada em 16 de novembro de 1995 pelos Estados-membros da Unesco, afirma que tolerância não é indulgência nem indiferença e sugere a tolerância não apenas como um dever moral, mas também como um requisito político e legal para indivíduos, grupos e Estados.
Destaques da Unesco para promover a tolerância:
- Lei: os governos são responsáveis pela aplicação das leis de direitos humanos e pela proibição e punição de crimes de ódio e discriminação contra minorias;
- Educação: mais esforços para ensinar as crianças sobre tolerância, direitos humanos e outros modos de vida, tanto em casa quanto na escola;
- Acesso à informação: desenvolver políticas para gerar e promover a liberdade de imprensa e o pluralismo da imprensa, para permitir que o público diferencie fatos e opiniões;
- Consciência individual: incentivar as pessoas a ter consciência do vínculo entre seu comportamento e o círculo vicioso de desconfiança e violência na sociedade;
- Soluções locais: ferramentas de ação que incluem desacreditar a propaganda odiosa, criar grupos para enfrentar problemas e estabelecer redes de base para prestar solidariedade às vítimas da intolerância.
Dicas para você praticar a tolerância no seu dia a dia
A tolerância não deve ser tida como uma concessão, mas sim como um reconhecimento dos direitos humanos universais e das liberdades fundamentais de cada pessoa. Isso não significa renunciar a opiniões ou convicções para praticá-la.
- Coloque-se no lugar da outra pessoa: experimente deixar o lugar de dono da verdade e tente analisar como os outros lidam com determinados fatos de acordo com seus valores, crenças, razões e motivações.
- Escute: exercite sua escuta ativa e generosa sem julgamentos. Opiniões contrárias sempre surgem e não é preciso concordar com elas, mas é preciso aceitar outras possibilidades de pensamento (desde que esta liberdade não agrida nenhum direito de existir).
- Respire: em situações de conflito, controle sua ansiedade antes de se indispor com as demais pessoas ou tentar convencê-las de algo sob o peso da irritação. Tente baixar o tom de voz, inspire o ar profundamente e solte-o bem devagar pelo nariz.
- Avalie-se: identifique o que incomoda você que está na outra pessoa e faça sua autocritica.
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