As relações remotas são uma realidade para muitas pessoas e aprender como se relacionar neste novo ambiente já é uma necessidade. Veja algumas dicas de como encarar este desafio.
O crescimento exponencial de organizações, universidades e até pequenos e médios empreendimentos, de diferentes segmentos (educação, cultura, saúde), tem sido viabilizado pela cultura do remote first, que compreende a criação e a manutenção de vínculos virtuais.
Diferentes ferramentas tecnológicas, representadas majoritariamente pelos smartphones, hoje se apresentam como as responsáveis pela construção de relacionamentos à distância entre professores e estudantes, empregadores e trabalhadores, médicos e pacientes, artistas e espectadores, e assim por diante.
A comunicação e a interação digitalizadas, que a princípio parecem ser uma grande solução e uma facilidade sem precedentes para este mundo sem fronteiras e de marcações de tempo fluídas, pode, no entanto, distanciar as pessoas e dificultar a criação de vínculos interpessoais, tornando os processos de discussão, diálogo, criação e até celebração menos orgânicos e mais mecânicos.
Há quem entenda, por outro lado, que se baseados nos preceitos da ética, do respeito e da empatia, relacionamentos virtuais podem também ser uma formatação de vínculos mais fortes, como é o caso da Isadora Dias Gomes, pesquisadora e doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará; e Alexandre Patricio, psicanalista, pesquisador pela PUC-SP e criador do podcast Psicanálise de Boteco.
Independentemente de como são avaliados os vínculos de hoje em dia, é evidente que a experiência passa a ser outra, exigindo uma mudança mental e a aquisição de novos gestos e expressões, diferente daqueles que entendíamos como genuínos de um relacionamento (“olho no olho”, o “abraço acolhedor”, o “aperto de mão”, o “dedo em riste”, o “punho cerrado” …), para a construção de outros saberes.
Dicas para você estabelecer bons vínculos no ambiente virtual:
- Pratique, verdadeiramente, a escuta ativa: preste atenção e mantenha o interesse no que a outra pessoa, por trás da tela, está trazendo.
- Coloque em prática a comunicação inclusiva: transponha para a sua fala o carinho, o cuidado e a intensidade daquilo que seriam gestos em uma relação presencial. Empregue uma linguagem de fácil entendimento, elimine termos e expressões preconceituosos e capacitistas; não reproduza estereótipos ou vieses inconscientes; dê voz à diversidade e acolha.
- Promova o senso de pertencimento: especialmente para situações de grupo, quando esse sentimento existe, a pessoa do outro lado da tela se vê como parte de algo maior, membro de uma comunidade, e isso faz com que se sinta acolhida, querida e relevante.
Faça uma definição clara dos papéis e o que se espera desta relação: especialmente para vínculos entre empregadores e trabalhadores; tutores e aprendizes; este é o alicerce para que relações estratégicas, pautadas na confiança e na autonomia, se estabeleçam.
O psicodrama no contexto dos vínculos virtuais
O psicodrama é uma abordagem que estimula o resgate da espontaneidade-criatividade e o desenvolvimento humano no estabelecimento de inter-relações transformadoras, saudáveis e profundas. Ele pode ser um catalisador desta transformação de mentalidade para que terapeutas, treinadores, recrutadores, educadores, entre outros profissionais consigam estabelecer vínculos de maior profundidade nos dias de hoje. Conheça mais sobre nossos cursos.
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