A liderança no ambiente virtual tem exigido o resgate de algumas habilidades sociais, o desenvolvimento de novas competências e o abandono de práticas que não cabem mais no novo modelo de trabalho.
A cultura remote first, potencializada no auge da pandemia da Covid19, repagina, dentre tantas interações sociais, aquelas estabelecidas nos ambientes de trabalho. O futuro dos espaços laborais, segundo diferentes estudos e especialistas, é modelado em um formato híbrido, que combina presencial e virtual.
Para a psicóloga e especialista em psicanálise pela USP Ana Volpe, “O trabalho passou a ser visto como um dos aspectos da vida de alguém, e não como o todo… a solução para as companhias que quiserem manter seus talentos será uma busca pelo sistema híbrido de trabalho, com pontos de contato e conexão… As pessoas descobriram uma flexibilidade que não querem largar mais”.
Neste cenário, lideranças têm buscado compreender e aplicar melhores práticas para: alcançar seus resultados e cumprir com suas metas; e principalmente para motivar e auxiliar suas equipes à distância e conectá-las, de forma intencional, quando há o encontro presencial.
Saber gerir de forma híbrida é essencial nos dias de hoje, mas como?
Primeiro, descobrindo o que é uma liderança virtual.
A liderança virtual é uma forma de gestão onde equipes são conduzidas por meio de um ambiente de trabalho remoto e de forma assíncrona, ou seja, que não ocorre em tempo real; que exige competências diferentes daquelas já conhecidas e designadas às figuras de gestão.
Confira algumas das principais competências e habilidades que uma liderança virtual precisa garantir ou desenvolver:
- Abandonar a microgestão: tanto remotamente quanto presencialmente, controlar cada passo da equipe, muitas vezes de maneira autoritária, é improdutivo e insalubre. Por isso, é importante…
- Estabelecer relações de confiança: por meio da escuta ativa, evitando vieses inconscientes; e por meio de feedbacks contínuos, com apontamentos claros daquilo que precisa ser melhor desenvolvido e com celebrações e reconhecimentos pontuais daquilo que foi bem executado.
- Estar acessível: o que não significa disponibilidade a qualquer momento ou a qualquer custo. Acordos de melhores horários podem e devem ser previamente estabelecidos entre líderes e equipes.
- Fragmentar os grandes projetos: em pequenas etapas e desafios, que sejam altamente gerenciáveis e alcançáveis.
- Promover uma comunicação efetiva: com metas claras e objetivas, por meio de canais adequados (“esta reunião poderia ser um e-mail?”).
- Ser colaborativo(a): colocando-se à disposição da equipe para apoiá-la na execução dos afazeres.
O psicodrama no contexto de gestão de equipes virtuais
O psicodrama é uma abordagem que estimula o resgate da espontaneidade-criatividade e o desenvolvimento humano no estabelecimento de inter-relações transformadoras, saudáveis e profundas. Ele pode ser um catalisador desta transformação de mentalidade para que as lideranças do atual mundo do trabalho se reinventem e atendam as demandas dos profissionais do futuro. Conheça mais sobre nossos cursos.
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