O TDAH, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade que acomete de 3 a 5% das crianças em todo o mundo, tem tratamento e seus impactos são gerenciáveis para quem faz o acompanhamento devido.
O que Bill Gates, Jim Carrey, Michael Phelps e Tatá Wernek têm em comum? Além do sucesso e notoriedade em suas áreas de atuação, esse grupo de personalidades parece ter de lidar com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, ou TDAH. Confirmados ou não, esses exemplos têm a intenção de apontar que, apesar do TDAH, é possível viver uma vida plena, com objetivos traçados e alcançados, se tratado adequadamente.
Mas, afinal, o que é esse Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade?
O TDAH é um transtorno neurobiológico, resultado de uma disfunção de dopamina e noradrenalina que estabelecem as conexões entre os neurônios no córtex pré-frontal, região do cérebro que desempenha um papel fundamental na formação de metas, objetivos e no planejamento de estratégias de ação. É o córtex pré-frontal que seleciona as habilidades cognitivas requeridas para a implementação dos planos, coordena essas habilidades e as aplica em uma ordem correta.
Em pessoas com TDAH, essa atividade do córtex pré-frontal diminui em vez de aumentar quando estimulada, trazendo à tona uma combinação de hiperatividade, impulsividade e déficit de atenção. É por esses sintomas que, em boa parte dos casos, o TDAH é identificado em idade escolar, quando há uma percepção maior das interações relacionadas à atenção e a comportamentos sociais.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, que costuma aparecer na infância, não impede a pessoa diagnosticada de se tornar um adulto bem-sucedido, apesar de, em mais da metade dos casos, acompanhá-la por toda a vida. Para isso, antes de tudo, é preciso atentar-se aos sintomas:
- Desatenção;
- Desorganização;
- Dificuldade ao gerir o tempo;
- Dificuldades com regras e limites;
- Dificuldades de aprendizagem;
- Dificuldade de relacionamento;
- Inquietude;
- Impulsividade;
- Lapsos de memória (mais na fase adulta).
Como tratar uma pessoa com TDAH?
O tratamento precisa ser multidisciplinar, envolvendo neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e terapeutas. Pode variar, de acordo com a existência, ou não, de comorbidades ou de outras doenças associadas, como: insônia, falta de apetite, dores abdominais, cefaleia, ansiedade e depressão.
O psicodrama como parte do tratamento para pessoas com TDAH
O psicodrama, por ser uma abordagem que estimula o resgate da espontaneidade-criatividade e de inter-relações transformadoras, saudáveis e profundas, pode representar um caminho eficaz para a recuperação da autoestima, quase sempre comprometida pelos sentimentos de fracasso e frustração vividos pelas pessoas com TDAH, provenientes das dificuldades de lidar com situações rotineiras.
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